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Um olho no imediato e outro no horizonte

José Antonio Saccol


style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Quando recebi o convite do Diário para escrever um artigo compartilhando ideias para o enfrentamento deste momento desafiador, eu logo pensei em buscar algo que nos dê uma expectativa positiva para o futuro e que nos deixe mais otimistas. Neste momento, precisamos ter ações e atitudes para que nos mantenhamos vivos, tanto do ponto de vista físico, mas neste caso mais do ponto de vista econômico, no curto prazo. Realmente é fazer tudo que está ao nosso alcance para produzir receita e nos focarmos nos ajustes e cortes de despesas para que, no mínimo, consigamos atingir o ponto de equilíbrio, até que voltemos a uma nova normalidade. A partir daí, devemos começar a ter uma visão de médio e longo prazo.

Primeiro, quero fazer uma análise do contexto econômico do Brasil, frente ao cenário macroeconômico mundial. Assim, vejamos, quais os indicadores que impactam positivamente a economia brasileira frente ao que está acontecendo na economia mundial. O Brasil é um país de dimensões continentais, com grandes recursos naturais, com o maior território arável do mundo, com 25% das reservas de água doce do planeta, rico em biodiversidade, minérios e ainda com muitas possibilidades e oportunidades para quem quer investir no agronegócio, na geração de energia elétrica, na infraestrutura, na indústria de transformação e nos serviços. Poucos países no mundo emergente oferecem um conteúdo com tantas opções e oportunidades.

O Brasil já começou a receber investimentos internacionais. A janela de captação já está aberta. O Risco País caiu 27%, em maio e o real foi a moeda que teve a melhor performance entre todas as moedas mundiais. O dólar começou a cair, de R$ 6 chegou a R$ 4,96 na semana passada. Os juros internos deverão cair ainda mais, com a Selic ficando na casa máxima dos 2,25% ao ano, a menor da história.

As commodities agrícolas nunca estiveram tão altas. O soja encostou nos R$ 100/saco e o arroz superou os R$ 60/saco, o que é muito bom para um país produtor e exportador como o nosso. Os bancos internacionais estão injetando bilhões de dólares nas economias para auxiliar na reabertura dos mercados nos USA, Europa e Ásia, e isto faz com que os olhares dos investidores comecem a retornar para as oportunidades no Brasil.

Tudo isto indica para uma recuperação da economia mundial e brasileira num horizonte de médio e longo prazo, ou seja, a partir de 2021. Para tanto, precisamos sobreviver a tudo isto. Fazer o dever de casa, procurar prestigiar as empresas da nossa cidade, isto é essencial. Ajudar no que for possível as instituições de caridade e campanhas de auxílio aos menos favorecidos, tentar preservar os empregos ao máximo e apoiar as instituições empresarias locais.

Um olho no imediato e outro no horizonte próximo, que com certeza nos reserva dias melhores.

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